jeudi, juin 30

Cruzes Calcanhoto

2005 é o ano do Brasil em França.
E os franceses levam isso muito a sério. É vê-los todos vestidos com as cores do Brasil aí pelas ruas, a alternarem o samba com a capoeira no Metro ou a citarem Paulo Coelho nas tertúlias locais.
OK, talvez não tanto. Mas lá que desde o início do ano tem havido um bombardeamento maciço de iniciativas verde e amarelas, lá isso... Concertos, exposições, festivais, espectáculos, semanas temáticas... Já não ouvia falar tanto dos nossos irmãus desde q a fáfá e o fred fugiram para lá.
Tanto que em Paris o dia nacional (14 Juillet, jour de la Bastille) será festejado com um mega concerto de Gilberto Gil, Daniela Mercury, etc. ?! E ainda dizem que os franceses são demasiado ciosos dos seus "artistas".



Hoje aproveitámos um concerto à babuja e fomos ver Adriana Calcanhoto ao Carreau du Temple. O mulheraço (ao que me dizem lesbo, daí "o") tem mesmo uma senhora voz, e o espectáculo estava bastante giro: muito simples e intimista, mas com umas animações engraçadas a servirem de fundo a cada música. Foi só uma horita, mas deu para passar em revista os maiores êxitos da dita, que ainda fez umas versões fixes do Music da Madonna e do Clandestino do Manu Chao.



«Futebol sem bola, Piu-piu sem 1 jola, sou eu assim sem voçêêêee...»

mercredi, juin 29

Antes do Sol

Nestes dias de chuva, nada melhor do que ficar em casa a ver filmes.
Um destes dias decidi fazer uma sessão dupla e rever, numa mini-maratona, Before Sunrise e Before Sunset.
Bastante bons. A afinidade que tenho agora com Paris dá um certo extra ao segundo, e a ingenuidade e genuinidade do primeiro torna-o um filme diferentemente encantador.

Entretanto estive a pesquisar na net para ver se descobria qual o percurso do segundo filme. Que era impossível já eu tinha percebido, mas ainda não fazia a mínima ideia por onde é q eles andavam efectivamente. Agora já sei (há malucos na net para tudo). Já consigo ir dar ao café onde ambos discutem o passado e aos jardins suspensos onde começam a perceber o presente.
Pelo caminho, descobri um resumo dos dois filmes, que transcrevo para quem por acaso não conheça a história (pode acontecer – até há 6 meses ainda não tinha visto nenhum deles). Uma tradução livre e necessariamente imperfeita.

« Numa capital europeia desconhecida para ambos, Céline e Jessie encontram-se, quase como que por acaso, numa visita com partida marcada mas roteiro desconhecido. Juntos descobrem Viena, deambulando pelas suas ruas, perdendo-se pelos seus becos. E naquela odisseia de impulsos descontrolados acabam por descobrir não só Viena, mas um ao outro. Uma paixão, tão intensa quanto improvável, marca o encontro que ambos irão recordar para o resto das suas vidas. Após tal torrente de sentimentos e uma última noite de entrega, prometem reencontrar-se para reatar o destino. Se não o fizerem, vão arrepender-se a vida toda...

-/-

9 anos depois, Céline e Jessie reencontram-se numa outra capital europeia. Em Paris, a vida de ambos parecia ter tomado destinos divergentes, com os vários encontrões que entretanto cada um sofrera. No entanto, nova viagem de descoberta leva ambos a reencontrar Paris e a reencontrarem-se um ao outro. A compatibilidade dos seus espíritos salta-lhes novamente aos olhos, e a excitação dos sentimentos avassaladores volta a inundar-lhes as almas. Apesar das contingências, ambos percebem que foram feitos um para o outro. E há um deles que perde a sua viagem...

mardi, juin 28

Prolongement

Acabado o DESUP, acaba-se também o meu motivo para estar em Paris.
Ainda assim, optei por ficar cá mais uns tempos. Em princípio até ao fim do mês.
Barrigada de crepes, portanto.

Os motivos desta decisão são bastante simples, na verdade.
Não vou fazer nada para Lisboa (ou para qualquer outro sítio) nesta altura. E férias por férias, achei que sempre podia aproveitar um bocado mais de Paris enquanto ela ainda é a minha cidade e não simplesmente um destino de viagem (é tão diferente visitar uma cidade ou viver nela).
Para além de que há ainda tantas coisas que não vi ou não fiz...

Claro que isto é uma decisão que pode fazer muito sentido no plano teórico. Mas que tem algumas desvantagens em termos práticos...
Desde logo não leva em conta o que custa estar cá e ver toda a gente com quem partilhámos estes últimos meses partir. Quem parte diz adeus a tudo de uma única assentada. Quem fica, passa pelo processo de despedida várias vezes. Não é fácil.

É a mesma coisa que ter que escolher entre morrer atropelado por um TIR ou ficar preso numa sala sem comida e bebida durante uma semana. Acelera pá!
Claro que há despedidas que custam mais do que outras. Mas o pouco que custam as fáceis não compensa o muito que custam as difíceis.
E aos poucos vou-me dando conta de que Paris já não é o que era. Nem vai voltar a ser.

Para tudo agravar, o tempo de Julho não tem tido nada a ver com o tempo de Junho. Parece-se mais com Fevereiro ou Março.
Chove diariamente, as temperaturas desceram (numa altura em que eu já mandei tudo o que era roupa quente para PT) e do sol nem sinais. E Paris é tão diferente sem sol.
E portanto, é assim, agora que o Sol se foi, a decisão de ficar, que parecia tão óbvia e lógica de início, começa-se a parecer mais como uma decisão à Miguel.
Mesmo que haja esperanças que o sol volte, e que o tempo melhore, estes dias não têm sido fáceis pois não era bem o que eu estava à espera.

Vou ver se compenso com uma procura de soluções para o meu futuro. Aceitam-se ofertas de empregos muito interessantes, bem remunerados, e levezinhos (posso dispensar uma destas características, não sou esquisito).



(...)

lundi, juin 27

Au revoir DESUP

Acabou hoje a minha pós-graduação em Estudos Jurídicos e Económicos da União Europeia. O DESUP dezupilou. Para sempre. Há coisas que vão ficar, há outras que não. É sempre assim.

Mas foi uma despedida em grande. Um dia de quase 24 horas para marcar o fim.


De madrugada (9 horas da manhã!), após a chamada sempre conduzida com grande rigor pela Sofia Galvão, o último exame. 5 páginas sobre a Política Comercial Europeia e 4 sobre os partidos políticos nos países do Leste Europeu. Blá, blá, yada, yada. Pulitzer, no mínimo. O curso de Direito sempre serviu para alguma coisa. Não precisei de mais do que umas horas de leitura (poucas) para conseguir escrever o referido monte de palha. Isto com a idade vai-se aprendendo umas coisas. E não as que estão a pensar, provavelmente.



À tarde, sessão de encerramento na Sorbonne. 4 discursos fantasticamente entediantes (até um dos discursantes adormeceu com os discursos dos outros), acepipes e champanhe, fotos de família... Dispensava-se o formalismo bacoco que me fez usar fato (facto já por si só dispensável, quase inédito ao longo do último ano, mas agravado e muito pelos trinta e tal graus que estavam fora e dentro de portas). Dispensava-se o discurso de 20 minutos sobre a história de vida do Miguel Servet, um gajo que basicamente não fez absolutamente nada. E dispensava-se o pivete natural dos franceses - está-lhes no sangue (e no corpo, e no hálito, e na roupa). Já os acepipes estavam bons (embora nada bata os nossos mini-croquetes, mini-rissois e mini-pastelinhos de bacalhau!).


À noite, piquenique debaixo da Torre Eiffel (mais típico só um jantar no Buddha Bar, mas tal opção foi rejeitada por maioria de razõ€s). A comitiva tuga da Lucien Paye chegou 35 minutos atrasada. Por momentos envergonhei-me da imagem que íamos dar dos portugueses, que, mais uma vez, eram os últimos a chegar. Quando percebi que ainda assim éramos os primeiros a chegar, só me apeteceu gritar: «E viva a Europa do Sul!».



Foi provavelmente a última vez que vi grande parte dos DESUPs. A Cavalo em decomposição, a Anorética, as Palomas, a Dudja, a Corcunda...
Ficam as fotos e os nomes completos.

Se ainda me der para isso, ainda faço um último post sobre o DESUP (senão daqui a dois meses já nem me lembro de o que é que estive aqui a fazer). Se não der escrevo sobre outra coisa qualquer.

dimanche, juin 26

Ela vai lá

No outro dia fui ao Parc Montsouris. É o Parque aqui mesmo ao pé da CitéU.
2 coisas chamaram-me a atenção desta vez:
1. apanhei lá, inesperadamente, uma banda de coreto que tocava para um público não muito numeroso que estava espalhado na relva. A música era boa: calminha, melodiosa... tal e qual aquele fim de tarde pedia. Sou incapaz de descrever o quão delicioso era o cenário. Mas estava-se bem.
O que me intrigou foi como é que a banda escolhia aquilo que ía tocar. Reagiria ao público que tinha? Ou já tinha ideia feita daquilo que ía fazer? Após alguma observação, acho que percebi: a banda toca aquilo que o público merece. Pode ser um público que nunca viu antes, mas dá-lhe sempre o benefício da dúvida. Pareceu-me justo e superiormente justificado.
2. consegui ver A tartaruga do Montsouris. Claro que a fábula da Tartaruga do Montsouris não é mais do que isso. Há de haver, certamente, mais tartarugas por aí, a não ser que a imaculada conepção já tenha chegado ao mundo animal. E a sua dimensão não é assim tão exagerada. Só que a Tartaruga abaixo ilustrada é de facto especial. Não sei se é tão resistente como a solidez da sua carapaça parece indicar. Ou tão mágica como conta a lenda. Mas é certo que é raro aparecer. E uma vez aparecida, mais vale agarrá-la para a eternidade. Nem que seja com uma foto.


Vai Tartaruga, vai. Vai, mas volta, está bem?

vendredi, juin 24

Flutuando pelo paraíso

Agora que as aulas já se foram, a liberdade é total para aproveitar Paris.

E o melhor é mesmo aquilo que fiz hoje. Escolher um ponto de partida qualquer (tipo a Roda Gigante recentemente instalada no Jardin des Tuileries – fantástica a vista lá de cima) e a partir daí deambular sem destino fixo à espera de se ser surpreendido por mais um qualquer recanto desconhecido. O que em Paris não é difícil.



Na zona da Place Vendôme é ver as montras das lojas das grandes marcas e designers cheias de objectos estupidamente caros, de gosto estupidamente duvidoso e de utilidade estupidamente reduzida. O Marché Saint Honoré, rodeado de cafés e esplanadas, é um dos tais recantos meio-escondidos que dá gosto descobrir. Pelo caminho, é ir observando as curiosas figuras que circulam nos seus dia-a-dia turbulentos (aos quais alguém que está num momento de total ócio consegue apreciar com um misto de vergonha e condescendência).


Depois de tanto passeio, uns momentos de pausa, ao fim do dia, no exterior do Louvre. Incrível o silêncio do pátio interior, principalmente quando acompanhado pela música vinda de uma flauta de um músico-de-chapéu-no-chão e pelo bater do coração. Seguindo-se um pôr do sol espectacular. Um final de dia perfeito, num dia quase perfeito. Se fossem todos assim...


Um sinal cósmico a comprovar a perfeição do dia

jeudi, juin 23

A Terra é uma esfera

Estas e outras verdades absolutas podem ser verificadas e testadas na Cité des Sciences et de l'Industrie, no Parc de la Villette.

Bastante interessante, embora verdadeiramente útil apenas para criancinhas que ainda vão a tempo de escolher as ciências como caminho profissional.

Destaque para o Climax, uma das exposições mais realistas (e que aborda, como é óbvio, os fenómenos climatéricos). Tão realista que quando saímos do mega-pavilhão estava uma tempestade cá fora como já não via desde Fevereiro (para aí).

Conclusão: muito cabelo molhado, impossibilidade de ver o Parque comme il faut e acabei por faltar ao meu exame oral de francês. : s


A Geode (à direita) é verdadeiramente um espectáculo

mercredi, juin 22

PicNicS

Terça-feira, 10 e meia da noite. O que é que se faz na CitéU?

Estuda-se par a época de exames em mãos?

Naaa.....

Com o calor é impossível estar nos quartos de qq maneira.

E a população estudantil revolta-se em massa (qual Maio 68) e vai comer para a pelouse, que se transforma numa gigante cantina (por sinal, bem melhor do que a que fica logo ali ao lado).

Isto depois duma jogatana de futebol todo-o-terreno e de um passeio por Paris com passagem no Instituto do Mundo Árabe, Galleries La Fayette, Île St. Louis e Jardin des Plantes. Tudo sempre com óptima companhia (o gelado "Bortiglone" a meio da tarde, por exemplo).

Dias duros os que se vivem por esta altura aqui em Paris.



«Les olives, s'il te plâit.»


mardi, juin 21

Fête de la Musique

Incrível a dimensão do evento que hoje paralisou Paris.

Centenas e centenas de músicos espalharam-se um pouco por toda a cidade e, durante todo o dia, houve concertos de todos os estilos, em todos os cenários, com todo o tipo de público. Loucura total.

O programa da festa já dava para ter a ideia do que ia acontecer. Dezenas de espectáculos em cada Arrondissement, o difícil era escolher. Mas o melhor é não escolher mesmo - é optar por uma zona e ir deambulando pelas ruas pois, literalmente a cada esquina, havia um grupo qualquer a tocar um qualquer género de música. E a surpresa torna a experiência ainda mais deliciosa.

Foi assim que passámos por inúmeras bandas de rock amador, DJs, um coro evangélico, um grupo infantil, batucadas, uma big band, uma mini-rave no Marais, e sei lá mais o quê.

Lá para o fim da tarde, então, na Rive Gauche (claramente, a margem Sul rules em Paris), fecharam as principais ruas ao trânsito (Boulevard St. Germain incluída) e uma multidão invadiu toda a zona, num ambiente que fazia lembrar os Santos Populares, mas num género... diferente.

Claro que a única coisa que estragou a festa (como sempre aqui em Paris) foi o facto de tudo acabar cedíssimo! Nunca me vou adaptar (ou compreender) estes horários juvenis. No momento em que a loucura estava no seu pique (na tal sessão de música techno numa rua do Marais) tiraram a música, e deixaram tudo a olhar para o ar. Eram no máximo 01h30! Mas enfim...

Foi espectacular na mesma. Paris como nunca a tinha visto ainda. E como provavelmente não vou voltar a ver.




algures ao pé de Odeon, tudo a soprar e a vibrar com a MÚSICA

O dia mais longo II

Para além de ser a festa da música, hoje foi o dia mais longo do ano.

Isto do céu ficar claro às 5h30 da manhã e escurecer totalmente só lá para as 22h30, é um pouco estranho. As vantagens do hemisfério norte.

Os dias tão compridos são de facto óptimos – mais tempo para passear, para jogar futebol e para carregar as células fotovoltaicas.

Mas ainda assim não retiram encanto (e intensidade) à noite.

Afinal, é tudo uma questão de qualidade, não de quantidade.

E há que aproveitar... enquanto se pode.





Cores vivas sobre a Lucien Paye. Com a janela aberta, o mundo exterior parece ficar lá fora.

mardi, juin 14

32,5º dentro do quarto

Já que estamos em Silly Season (?!) nada melhor do que um post sobre o tempo (aka clima).

É um tema tão banal e desinteressante, que tenho sempre tentado evitar.

Sem ser aquelas semanas em que nevou, poucas (ou nenhumas) referências tenho feito ao clima parisiense, para grande desgosto de todos os fãs de meteorologia que aqui vêm e(m) vão.

Nunca me queixei das temperaturas estupidamente baixas, mesmo quando já era Junho. Nem da sua substituição, numa questão de dias, por um calor-insuportável-de-suar-pelas-estopinhas-dentro-do-quarto.

Nem da chuva que aparece esporadicamente (sempre que eu não levo guarda chuva, porque sempre que levo é garantia de secura).

Nem da humidade a níveis do Sudeste Asiático ou do vento gelado que tornava impossível andar na rua em certos dias.

Por isso, como nunca me queixei de nenhuma dessas coisas, não é desta que o vou fazer. : )

Mas lá que a temperatura estes dias podia descer uns grauzitos, lá isso podia. É q por aqui não há praia para o pessoal arrefecer!





CitéU - Fev/2005 ; 4 meses dp, as coisas são bem diferentes. O que eu dava para que lá fora estivesse assim...


jeudi, juin 9

Cemitério de planos

Recomendo uma pequena exposição que descobri nos arrabaldes de Paris (descoberta fruto das minha excursões ao Carrefour mais próximo, e das idas e voltas ao aeroporto para buscar/depositar pessoas).

A Aeroexposition Arthis-Paray, ali em Evry, mesmo ao lado do aeroporto de Orly, é um museu a céu aberto que é tão minúsculo (apenas 5 peças em exposição) como gigante (essas 5 peças são... aviões), onde o mau estado de conservação dos objectos expostos e o amadorismo da organização só contribuem para a sua piada.

Um Concorde, 2 caças e 2 aviões comerciais estão à espera de visitas. Dentro dos aviões, 2 hospedeiras e um trabalhador da Airbus, todos reformados, oferecem, algumas horas por dia, duas vezes por semana, um olhar sobre a história da aviação.

Très sympas, diga-se, pois até me deixaram sentar ao volante (leme?) do Concorde (sim, poderei sp dizer que o primeiro avião em que eu fingi ser comandante foi um Concorde).

Os outros aviões estão (ainda mais) a cair de velhos. E só me lembro de pensar como é que as pessoas tinham confiança em aviões daqueles!? A mim é que não me apanhavam lá dentro!





Estes três já foram!

Alôôôooo



Está aí alguém?

mardi, juin 7

Instantes

Às vezes um momento, por mais curto que seja, vale mais do que uma eternidade.
Mesmo se a eternidade é a ambição de todo o organismo... há que abrir as excepções para confirmar a regra.
Tirar fotos em sobre-exposição é um dos meus entretenimentos.
Tenho vários, é verdade, mas nem todos são tão constantes.
Este permite ver as marcas para além do tempo.
E há coisas que deixam realmente a sua marca...



Peripherique Exterieur - Cité U

dimanche, juin 5

Campos Olímpicos


A candidatura de Paris aos Jogos Olímpicos de 2012 continua com grande fôlego, e os croissants estão cada vez mais confiantes. Segundo as últimas notícias, os melhores colocados são já Londres e Paris, que tiveram as melhores notas do comité de avaliação técnica.

Hoje foi então dia de mega operação de campanha. Os Champs Elysées foram fechados e preenchidos por uma gigante pista de atletismo e por recintos de praticamente todas as modalidades olímpicas, com demonstrações dos vários desportos. Volley de praia, hipismo, natação e... vela incluídos.

Mais tarde, concerto no Champ de Mars com a Tour Eiffel como pano de fundo.

Isto em dia de final masculina de Rolland Garros.

Um Domingo em grande portanto. Quase...

Consegui falhar quase tudo: ainda tentei ver a final de Roland Garros antes de sair de casa, mas acabei por só ver os 2 primeiros sets porque já se fazia tarde para ir para o centro. Centro onde já estava tudo a terminar, e portanto das demonstrações das modalidades não vi quase nada. O que não impediu de chegarmos também tarde ao local do concerto, o que significou que já só apanhamos as estrelas francius: Kyo, Jenifer, Nadiya, Le Roi Soleil, M Pokora...

Enfim, valeu a companhia e o facto de ter contribuído de uma forma singela para a campanha de Paris. É o Amour des Jeux!

samedi, juin 4

Makeover des Ongles

Os makeovers continuam a ganhar popularidade. Cá para mim, vai ser um dos movimentos mais marcantes do início do séc. XXI. Quando daqui a uns anos se fizer a Revista dos anos 00, o fenómeno dos Makeovers virá destacado logo a seguir aos Crepes.

Para quem ainda não tem coragem para entregar a sua marquise a uma bichona, o seu chaço a um brotha ou o seu corpinho a um Dr. Nip&Tuck, pode começar por algo de bem mais simples... as unhas de gel.

Já sei que não é nada de novo nem de espectacular (e a própria integração na categoria de makeover poderia ser alvo de uma violenta divergência doutrinária), mas para mim é algo de curioso, e portanto vale um crepe.

A Joana e a Sofia decidiram participar numa daquelas campanhas de: "Grátes! Venha ser cobaia dos nossos estagiários, e se por acaso ficar bem... fixe!" (engraçado como só os cabeleireiros e estabelecimentos afins é que fazem estas promoções – nunca há uma campanha do estilo "Deixe o nosso consultor-junior fazer-lhe um planeamento fiscal"; ou "Deixe a nossa equipa de aprendizes limpar e fazer uma revisão ao seu carro").

O objectivo pareceu-me óbvio: os cotonetes em Paris são caros, e a unhaca no mindinho é mais eficaz de qualquer maneira. No entanto, ambas se refugiaram em pseudo-argumentos de vaidosismo bacoco e em tentativas de se auto-convencerem de que: «É só para experimentar!».

Eu sempre achei a ideia bizarra (quem me dera a mim que as unhas não crescessem nunca) mas o resultado final admito que tem a sua piada. Provavelmente só pela diferença. Ou porque comecei logo a imaginar umas unhas daquelas a espetarem-se-me nas costas num momento de puro e extático espremer de borbulhas. Ou então é só uma questão de mãozinhas. Há quem as tenha para guiar, outras têm-nas para ter unhas.




(«Olha, eu com estas já não consigo apertar braguilhas ou abotoar botões, mas ao menos para jogar à raspadinha ou para apertar parafusos, já não preciso de mais nada...»)

vendredi, juin 3

Alá lá lá

O pessoal aqui da Lucien Paye é assim.

Devotos e fervorosos crentes. Não faltam aos seus deveres espirituais.

Certamente por estarem às portas do Paraíso, não importa a que horas seja mostram a sua crença e a sua devoção ao seu Deus (ex: Johan aka o Maurício - 4:12 a.m.)

Que bonito!

Como eu gostava de acreditar!

Se o fizesse, acreditaria certamente que Deus é feminino (como o Da Vinci) , e prostrar-me-ía exactamente da mesma maneira. Mas um pouco ao lado. : P




«Grande Zé Álá! Faz com que para a próxima este chão esteja mais limpo S'il te plait!».