dimanche, mai 29

Roland Garros

Estar em Paris e não visitar Rolland Garros é como por exemplo ir a Nova Iorque e não ver Flushing Meadows ou como ir a Londres e não ver Wimbledon.



Para provar que há 2 sem 3, este domingo fui para o recinto da Porte d'Auteuil tentar assistir à prova do Grand Slam mais lenta do mundo, que decorre nestes 15 dias.

Mesmo sem bilhetes, e com o céu a ameaçar um dilúvio, fomos para a porta do recinto ver se arranjávamos bilhete de última hora para alguma coisa (nota útil: durante a primeira semana é efectivamente possível ir assistir a jogos sem ter comprado bilhete antecipadamente; é só ir para as portas do recinto, juntar-se às dezenas de pessoas que lá estão ao mesmo, e aproveitar os bilhetes que forem oferecidos na hora – e não estou a falar de mercado negro, é a organização quem vai vendendo mais bilhetes se for vendo os recintos com lugares vagos, e portanto os bilhetes saem até bastante baratos).

À entrada, enquanto esperávamos na fila, o consenso generalizado era que o ideal seria assistir a um jogo entre duas russas loiras. Seria provavelmente pedir muito para quem foi para lá sem saber sequer que jogos havia nesse dia, e sem qualquer certeza sobre se arranjaria algum bilhete de todo.

O que é certo é que a Sorte protege os audazes, os audazes que se arriscaram a dizer sim ao pregão de "Bilhetes para o Court n.º1!". Quando entrámos no recinto, sem saber se íamos assistir à final de veteranos-pares-mistos ou à 3ª ronda dos Juvenis, não é que o placard anunciava "N. Petrova (RUS) x E. Bovina (RUS)". Ehehehe.

Ganhou a que berrava mais (deve ser esse o critério agora). 7-5, 3-6, 6-4.

No final do jogo deu p dar uma volta pelo resto de recinto e interrogar-me porque passei ao lado de uma carreira como grande estrela de ténis. Estava fadado para tal. Tinha todas as condições. Qu'est-ce que c'est passé???



ÁÁÁÁHEEEEEEE!

samedi, mai 28

Flutuando

O resto do meu Sábado foi passado (ou desperdiçado) assim. Meio perdido, sem saber bem para onde ir ou o que fazer. Às vezes sinto-me mesmo...



Excelente imagem exposta no Pompidou. Autor desconhecido (pelo menos para mim).

Nuit de la DS

Depois da tarde de glamour, a noite não foi menos agitada. Pelo contrário.

Ponto de encontro nas Escadas da Opéra-Bastille (o único que rivaliza enquanto tal com a fontaine de St. Michel); Destino: uma festa de locales onde não conhecia absolutamente ninguém. O que não significa necessariamente seca, pois há sempre bebida à volonté e um franciu qualquer meio bourré disposto para profundas conversas sobre o Pauleta, os media e a internet e os xenófobos de Marselha.

Seguiu-se um bar também na zona. Não me lembro exactamente onde era nem como se chamava – por isso recomendá-lo é-me impossível. Mas lembro-me do pormenor que por cima do balcão, os candeeiros do tecto eram pratos de bateria, que os barhommes utilizavam para acompanhar a música. Cuul!

Antes do regresso a casa, passagem pelas margens do Sena para uma tentativa frustrada de aí ficar até ao sol nascer (1. estava tudo demasiado podre; 2. não foi difícil chegar à conclusão que ninguém sabia exactamente de onde o sol viria, e portanto a maior probabilidade era não assistirmos a nada de especial de qq forma).

Voltámos então para casa, onde o pormenor mais delicioso ainda estava para vir. Para fechar a noite (ou antes o dia) com chave de ouro, uma daquelas Pequenitas coisas que marca uma pessoa. Algo chamava por mim lá de fora, e ao abrir a portada a sua luz iluminou o meu quarto de uma maneira que eu não pensava possível. Com o dia já a nascer, a sua intensidade pareceu-me desenquadrada com aquilo que eu sabia possível.

É assim quando a lua fica cheia... até de manhã.


(«Bem sei que já é Dia, e que não é suposto eu te estar a ver. Olha... desculpa!»)

vendredi, mai 27

Paris Fashion

Isto de ter contactos com acesso directo para o mundo da moda é outra coisa.

Depois da grande desilusão que foi não ter recebido nenhum convite para nenhum espectáculo da Semana da Moda de Paris, em Março, desta feita foi com grande mérito próprio que não passei ao lado dos grandes acontecimentos (muito trabalhinho me deu!).

Ok, pronto. Foi só um desfile final de uma Escola de Moda. E as modelos tinham uns atributos diferentes das super-modelos convencionais. Não menos interessantes, diga-se, pelo menos algumas delas (abrangiam desde as marcas de apagadelas de cigarros nas pernas, às medalhas no meio da testa... mas também havia os mais tradicionais pernões de metro e meio e os rabiosques tipo-minnie dos novos).

Ainda assim deu para perceber o ambiente. E deu para perceber que ... gosto.

Parabéns às modelos deste mundo, essa digna e nobre profissão, e um grande bem haja pela generosidade demonstrada com os seus atributos.




À entrada da sala, o Aviso afixado era inequívoco e ameaçador (e cumprido à regra) :
« Atenção! Nos desfiles de Moda, comer as gajas com os olhos é bem-visto. Não nos insultem com olhares discretos.»

jeudi, mai 26

Bars Irlandais

Hoje em dia, sair à rua em Paris, Londres, Singapura ou Pequim é exactamente a mesma coisa. OK, talvez existam algumas diferenças. Mas há certas coisas que já fazem parte do mobiliário urbano das grandes cidades. Um Stabucks na esquina; uma GAP logo ao lado; uma carrinha da UPS a passar à frente...

Não, não vou começar a discursar sobre a globalização e o imperialismo cultural (até porque só dei exemplos de americanices, e porque isso dava pano para mangas).

Falo nisto apenas para trazer à baila essa grande instituição que são os Irish Pubs, esses sim, os grandes sinais de desenvolvimento das cidades. Propagaram-se que nem cogumelos chineses e, aliás, quanto mais bares irlandeses uma cidade tem, mais desenvolvida é.

Na verdade, a moderna equação para cálculo do índice de desenvolvimento das cidades é um pouco mais complexa que isso (algo como Desenvolvimento = Irish Pubs + Restaurantes de Sushi + jornais gratuitos no metro - artistas de rua com menos de 3 habilidades ÷ restaurantes chinocas).

Concentremo-nos nos Irish Pubs. Em Paris há aos pontapés, como não podia deixar de ser.

Gosto dos nomes deles (todos relacionados com animais ou com o campo, se possível com um qualquer adjectivo acompanhante), da cerveja deles (dispensava-se os preços proporcionais ao tamanho das canecas, mas esse é um problema generalizado de Paris) e gosto... do facto de transmitirem os jogos de futebol LIVE, com grandes ecrãs a passarem os jogos em canais ingleses (que obviamente têm comentários bem mais interessantes e sincronizados com a imagem).

Foi assim que passei estes meses a acompanhar a Champions no Long Hop. Uma rotina que acabou agora que o Liverpool levou a fruteira, mas que não me desagradou enquanto durou: sair das aulas de francês, meter-me no metro, chegar à justa em cima da hora do apito inicial, acabar por ver o jogo sentado nas escadas ou a segurar a parede, aproveitar o intervalo para ir comprar um Panini Bolognese à lojeca em frente, voltar para ver os bifes a gritarem pelo Mourinho, e acabar a fazer contas à performance dos jogadores da minha Fantasy Team : )

No Long Hop havia sempre a escolha entre 2 jogos do dia, e às terças-feiras, no final dos jogos, Ladies night, com música ao vivo. O que quer dizer que o ambiente se transfigurava ligeiramente...

O que teria sido de mim se não fosse o Long Hop é que ainda estou para saber. Iria apenas saber os resultados no final dos jogos... pela Net? : S

Assim, aqui fica o meu bem haja para os bares irlandeses, que me impediram que eu acabasse a época sem saber quem era o Sinama-Pongole, que o Anderlecht conseguiu marcar 4 golos ao longo da competição, e que é português o novo príncipe de Inglaterra.



O longo salto. (5eme) Metro - Maubert-Mutualité (linha 10)

mercredi, mai 25

Orientar-se no Metro



Às vezes é difícil escolher a saída certa da estação. Outras vezes é tão fácil.

mercredi, mai 18

Espinhas II

A resposta é: Não.

Espinhas

Esta imagem ainda me está atravessada. A mim como a milhões de portugueses! Será hoje a vingança?!

É assim que se faz Pedro!

Não deixes que eu seja o único sportinguista a ter beijado uma taça europeia este ano!

SPOOOOORTING!

Vamos a eles pá!
Hoje há salada russa.
Espero que não esteja estragada, pois com aquela maionese toda...
Não, não, de certeza que não.
Vou de propósito a Lisboa para ver a grande vitória. Espero que seja a grande vitória da equipa certa. Depois de Sábado (perdão, da roubalheira de sábado) estou um pouco menos confiante, pois o futebol não é, de facto, justo, e não basta ser melhor pelos vistos.
Mas como eu vou estar lá em cima deles, não vão ter outro remédio!