samedi, juin 4

Makeover des Ongles

Os makeovers continuam a ganhar popularidade. Cá para mim, vai ser um dos movimentos mais marcantes do início do séc. XXI. Quando daqui a uns anos se fizer a Revista dos anos 00, o fenómeno dos Makeovers virá destacado logo a seguir aos Crepes.

Para quem ainda não tem coragem para entregar a sua marquise a uma bichona, o seu chaço a um brotha ou o seu corpinho a um Dr. Nip&Tuck, pode começar por algo de bem mais simples... as unhas de gel.

Já sei que não é nada de novo nem de espectacular (e a própria integração na categoria de makeover poderia ser alvo de uma violenta divergência doutrinária), mas para mim é algo de curioso, e portanto vale um crepe.

A Joana e a Sofia decidiram participar numa daquelas campanhas de: "Grátes! Venha ser cobaia dos nossos estagiários, e se por acaso ficar bem... fixe!" (engraçado como só os cabeleireiros e estabelecimentos afins é que fazem estas promoções – nunca há uma campanha do estilo "Deixe o nosso consultor-junior fazer-lhe um planeamento fiscal"; ou "Deixe a nossa equipa de aprendizes limpar e fazer uma revisão ao seu carro").

O objectivo pareceu-me óbvio: os cotonetes em Paris são caros, e a unhaca no mindinho é mais eficaz de qualquer maneira. No entanto, ambas se refugiaram em pseudo-argumentos de vaidosismo bacoco e em tentativas de se auto-convencerem de que: «É só para experimentar!».

Eu sempre achei a ideia bizarra (quem me dera a mim que as unhas não crescessem nunca) mas o resultado final admito que tem a sua piada. Provavelmente só pela diferença. Ou porque comecei logo a imaginar umas unhas daquelas a espetarem-se-me nas costas num momento de puro e extático espremer de borbulhas. Ou então é só uma questão de mãozinhas. Há quem as tenha para guiar, outras têm-nas para ter unhas.




(«Olha, eu com estas já não consigo apertar braguilhas ou abotoar botões, mas ao menos para jogar à raspadinha ou para apertar parafusos, já não preciso de mais nada...»)