samedi, mai 28

Nuit de la DS

Depois da tarde de glamour, a noite não foi menos agitada. Pelo contrário.

Ponto de encontro nas Escadas da Opéra-Bastille (o único que rivaliza enquanto tal com a fontaine de St. Michel); Destino: uma festa de locales onde não conhecia absolutamente ninguém. O que não significa necessariamente seca, pois há sempre bebida à volonté e um franciu qualquer meio bourré disposto para profundas conversas sobre o Pauleta, os media e a internet e os xenófobos de Marselha.

Seguiu-se um bar também na zona. Não me lembro exactamente onde era nem como se chamava – por isso recomendá-lo é-me impossível. Mas lembro-me do pormenor que por cima do balcão, os candeeiros do tecto eram pratos de bateria, que os barhommes utilizavam para acompanhar a música. Cuul!

Antes do regresso a casa, passagem pelas margens do Sena para uma tentativa frustrada de aí ficar até ao sol nascer (1. estava tudo demasiado podre; 2. não foi difícil chegar à conclusão que ninguém sabia exactamente de onde o sol viria, e portanto a maior probabilidade era não assistirmos a nada de especial de qq forma).

Voltámos então para casa, onde o pormenor mais delicioso ainda estava para vir. Para fechar a noite (ou antes o dia) com chave de ouro, uma daquelas Pequenitas coisas que marca uma pessoa. Algo chamava por mim lá de fora, e ao abrir a portada a sua luz iluminou o meu quarto de uma maneira que eu não pensava possível. Com o dia já a nascer, a sua intensidade pareceu-me desenquadrada com aquilo que eu sabia possível.

É assim quando a lua fica cheia... até de manhã.


(«Bem sei que já é Dia, e que não é suposto eu te estar a ver. Olha... desculpa!»)