Roland Garros
Estar em Paris e não visitar Rolland Garros é como por exemplo ir a Nova Iorque e não ver Flushing Meadows ou como ir a Londres e não ver Wimbledon.
Para provar que há 2 sem 3, este domingo fui para o recinto da Porte d'Auteuil tentar assistir à prova do Grand Slam mais lenta do mundo, que decorre nestes 15 dias.
Mesmo sem bilhetes, e com o céu a ameaçar um dilúvio, fomos para a porta do recinto ver se arranjávamos bilhete de última hora para alguma coisa (nota útil: durante a primeira semana é efectivamente possível ir assistir a jogos sem ter comprado bilhete antecipadamente; é só ir para as portas do recinto, juntar-se às dezenas de pessoas que lá estão ao mesmo, e aproveitar os bilhetes que forem oferecidos na hora – e não estou a falar de mercado negro, é a organização quem vai vendendo mais bilhetes se for vendo os recintos com lugares vagos, e portanto os bilhetes saem até bastante baratos).
À entrada, enquanto esperávamos na fila, o consenso generalizado era que o ideal seria assistir a um jogo entre duas russas loiras. Seria provavelmente pedir muito para quem foi para lá sem saber sequer que jogos havia nesse dia, e sem qualquer certeza sobre se arranjaria algum bilhete de todo.
O que é certo é que a Sorte protege os audazes, os audazes que se arriscaram a dizer sim ao pregão de "Bilhetes para o Court n.º1!". Quando entrámos no recinto, sem saber se íamos assistir à final de veteranos-pares-mistos ou à 3ª ronda dos Juvenis, não é que o placard anunciava "N. Petrova (RUS) x E. Bovina (RUS)". Ehehehe.
Ganhou a que berrava mais (deve ser esse o critério agora). 7-5, 3-6, 6-4.
No final do jogo deu p dar uma volta pelo resto de recinto e interrogar-me porque passei ao lado de uma carreira como grande estrela de ténis. Estava fadado para tal. Tinha todas as condições. Qu'est-ce que c'est passé???
ÁÁÁÁHEEEEEEE!