samedi, juillet 9

Gaufres de Bruxelas

Novamente de volta à capital da (agora fragilizada) Europa.
Cada vez que cá venho, para além das memórias de um período de vida não muito distante mas que parece cada vez mais longe, passa-me pela cabeça se não estará por aqui o meu futuro próximo. Porque é aqui que o meu CV encaixa melhor. E porque também eu, talvez, me encaixasse aqui com relativa facilidade (sempre levo o avanço de conhecer os cantos à casa e de ter ainda alguns amigos por aqui). Enfim, interrogações de quem começa agora a ter urgência em saber o que lhe vai acontecer.

Sexta à noite fui a uma festa no Barrio (não o Alto). Fui integrado num grupo totalmente germanófono de austríacos e alemães, o que é sempre uma experiência estranha pois não estou habituado a não perceber a ponta daquilo que dizem à minha volta. O que se tornou particularmente lixado quando, na Porte de Namur, batemos no BMW da frente. O problema é que íamos 8 dentro de um citroen. As 2 raparigas do banco da frente saíram a correr e foram para o outro lado da praça, o gordo que ía no porta bagagens pôs um caixote em cima da cabeça e afundou-se o mais que podia e o condutor saiu para gritar com o dono do BM. Ficámos 4 enfiados no banco de trás, com 3 de nós a discutir o que se tinha passado e o que fazer. Eu era aquele que não percebia nada do que se passava.
Chegados finalmente à festa, foi preciso dizer a password ao porteiro pois havia uma festa de anos privada lá dentro e só assim poderíamos entrar. Embora nenhum de nós conhecesse o aniversariante, tínhamos a palavra passe «MARCO». Gostei do sistema. Imaginei que poderia funcionar em Lisboa. - «Tem cartão da Casa?»; - «Não, mas tenho a password: BRUGESSO.».
Lá dentro consegui encontrar 2 pessoas do meu estágio (das que efectivamente conheço) totalmente por acaso. Uma Espanhola com sotaque de Brighton que já não via há 2 anos e meio, e que está velha e desgastada (vinha directamente do trabalho, dizia ela; pois...). O Alemão papa-tugas, tinha-me cruzado com ele na BP da Cidade Universitária no Verão do ano passado, vinha eu do Algarve, ía ele apanhar o avião para a Europa. Bruxelas é mesmo pequena, e nisso muito diferente de Paris, que é de facto um mundo. E onde dificilmente eu encontraria alguém por acaso.

No Sábado passeámos pela cidade depois de um brunch com outra colega estagiária. Fizemos em Bruxelas o que eu tenho tentado fazer em Paris que é passear sem nenhum destino concreto. Eis alguns highlights:



Pierre Marcolini – Chocolatier
Vir a Bruxelas e não comer chocolates é como... enfim, já sabem.
Ali no Sablon, está este Senhor estabelecimento que parece, por fora e por dentro, uma joalharia. E é – vende autênticos diamantes para a boca. O destaque da Colecção Outono-Inverno 2005 (não estou a brincar, tenho o catálogo) é o OVIEDO – Sabayon de chocolat noir avec des nottes de caramel, croustillant de noisettes caramélisées et praliné noisette sur un biscuit vanille aux éclats de noisettes et crème à la vanille fraîche de Tahiti. Mhhh….. E eu que nem gosto muito de chocolates.


Et qui va promener le chien?
Este café-esplanada, para além de ser muito giro, leva o prémio para o nome mais original: "E quem é que passeia o cão?" Olha, eu não sou de certeza!


Les nouvelles russes - Doucha Bar
Um bar russo. Para quem anda à procura da boneca do meio. Eu já sei que não devo encontrar a minha, mas quem quiser lá ir procurar..



BD.
Está espalhada um pouco por todo o lado. A última do Quim e do Filipe então está um espectáculo. Não só já me tinha esquecido de como gostava dessa BD, como já me tinha esquecido da sua existência.

Enfim, alguns flashes de um passeio por Bruxelas, que acabou com uma Carbonade num restaurante belga. E com uma gaufre a caminho de casa, claro : )

2 Comments:

At 12:26 AM, Anonymous Anonyme said...

Que saudades...o que eu daria agora por um pouco de chocolate de luxo do Marcolini! Também já tive o prazer de comer no "Qui va promener le chien?"...e para além de ter sido bem servida, o ponto alto é sem dúvida o nome do restaurante! O das matrioskas sempre me despertou a atenção, mas nunca lá entrei...a Bd...elle est partout!

 
At 1:59 AM, Anonymous Anonyme said...

Que história! Um dia vou lá... ;)

 

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