Opérááááá
Não, não fui à Ópera.
Ou seja, fui. Mas fiquei por fora.
Para fazer as apresentações do Tiago a Paris (Tiago: Paris; Paris: Tiago), nada melhor do que um passeiozito de 7 horas (!).
Ok, ok. Com intervalos, claro. Aliás, o highlight foram mesmo os intervalos : ) Foi o crepe vegetariano (do post abaixo) e uns ténis para ténis que comprei nos saldos em Paris (o que dá sempre mais estilo do que dizer que foram comprados no Colombo, ou no Freeport).
De resto, de St. Michel à Madeleine foi um passeio valente, que acabou já de noite ao pé da Opéra (onde tirei esta espectacular fotografia).
À noite, recebi o convite da minha professora de francês em Bruxelas, que já não via há quase 2 anos, para ir a uma festa em casa de um amigo dela. Achei óptimo, ainda que fosse uma festa só com franceses, em que só conheceria uma pessoa (e o Sr. Professor nenhuma). Quando recebi o SMS (ou o téxtô, como se chama por aqui) indicando a morada da soirée é que fiquei um bocado mais apreensivo. A festa era, afinal, uma festa de carnaval, com disfarces! E o tema era... o Cochon.
Fiquei obviamente na mesma, e lá fui ver ao dicionário que tenho no laptop o que é que quereria dizer. Pois bem, cochon significa: porco (o animal). E mais do que ficar preocupado por sermos os únicos não-disfarcados numa festa de carnaval, fiquei ainda mais apreensivo ao tentar imaginar como seria uma festa com toda a gente vestida de porco! Cheirar a porco já eles cheiram (eheheheh) mas vestidos de... ?! Haveria lá um curralzinho para nós sujarmos os pés à entrada? Seria a ementa composta por bolotas e fardos de palha seca?
Afinal, estava tudo normalíssimo, só 1 nariz de porco ali, um poster com porcos a falarem de advogados ali (juro) e, de resto, porco só mesmo nos pratos. Tanta expectativa, tanta expectativa, e olha: pérolas para porcos!
(Ao fundo, l'Opéra Garnier by night - lotação 2.131)
1 Comments:
Sim, nunca eu pensei que, durante a minha estadia TURÍSTICA em Paris e com o meu parco domínio do idioma franciú, fosse parar a uma festa totalmente francesa, em casa de um parisiense que eu nunca tinha visto mais gordo, rodeado de franceses que - igualmente - eu nunca tinha visto mais gordos (nem mais magros), onde só se falava francês (estou a ser injusto: felizmente, houve uma ou duas almas caridosas que se dignaram trocar umas palavritas comigo em inglês). Confesso que me senti um pouco ET no meio daquele ambiente (sobretudo, no momento em que chegámos e não conhecíamos absolutamente ninguém, tal como ninguém nos conhecia a nós, visto que o nosso único elo de ligação àquela festa, ou, melhor dizendo, o único elo de ligação do Miguel - que eu, pessoalmente, não tinha elo nenhum - ainda não tinha chegado).
E, ainda por cima, tratava-se de uma festa temática (para a qual, supostamente, se deveria ir disfarçado) relativa ao cochon!!!!! Mas quem é que se lembraria de organizar uma festa subordinada ao tema "o porco"???
Enfim, foi mais um daqueles momentos inesperados e um pouco surreais que, por vezes, sucedem em viagem... E até acabou por ser engraçado.
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