jeudi, février 3

Nafilyan - le Mestre du sommeil

Quando, há uma semana atrás, nos foi distribuído o plano de aulas para o mês de Fevereiro, a verificação de que tinhamos logo na primeira 4ª feira um dia de folga foi recebida com algum jubilo (natural e ingénuo) seguido de alguma desconfiança (mais madura e avisada) completada com um desespero agoniante. A benesse era afinal muito fácil de explicar. No dia a seguir à suposta folga (para trabalho, claro) esperavam-nos 2 horas e meia seguidas de aulas com o mestre do Sono em Pessoa.

Monsieur Nafilyan é um velhote que até deve ser simpático, mas cujas aulas são a coisa mais entediante que se possa imaginar. Não têm qualquer lógica nem ritmo, não são estruturadas, o homem fala sempre no mesmo tom de voz e muuuuuito lentamente, sentadinho da sua secretária ao fundo da sala, estando constantemente a repetir coisas. Enfim, não há quem aguente, e é ver todo um repertório de técnicas diferentes para disfarçar o sono (não variam muito de nacionalidade para nacionalidade – passam sempre pelo “fingir que estou a olhar para baixo enquanto seguro a testa” ao “estou só aqui a esfregar os olhos porque tenho qualquer coisa lá enfiada”). A isto segue-se, após o intervalo para café, animados jogos franco-espanhois de STOP, um jogo aparentemente universal (grande spot da TAP!) e disputadíssimos jogos da forca (temáticos, claro). Isto é melhor do que a faculdade!!!

Eu fico-me pela leitura dos jornais gratuitos do metro, para ver se me ponho a par com algumas notícias do mundo e pela planificação do resto do meu dia (sim, porque jogos a meio das aulas não é comigo). Também tentei fazer as palavras cruzadas dos referidos jornais, o que até teve a sua piada tendo em conta a minha total incapacidade para preencher 1 palavra que fosse. Lá para o fim, fiquei-me pela limpeza do cotão acumulado no fundo dos bolsos.

Ainda por cima o citado senhor professor não muda de roupa há sei lá quanto tempo e tresanda que se farta (não que eu tenha reparado já que estou bem lá para trás na sala, nunca fui lá dar graxa ao homem e de qq forma o meu nariz já está bastante imunizado a odores agrestes). Aliás, esta monogamia de indumentária tem pelos vistos origens ainda mais remotas,pois numa conversa com a Laura no MSN confirmei que a “camisola de lã preta”, pelo menos, já vem no mínimo de há 1 ano e tal! E provavelmente sem alguma vez ter visto água (sem ser provavelmente a baba do homem, que depois de tanto falar deve ir beber 1 litro de água à bruta, babando-se todo de seguida!). E nem vou falar no tamanho e côr das unhas dele!

Enfim, resisti que nem um heroi e cá estou eu para contar a história. Mas para a próxima a ver se levo o laptop para a aula. Sempre actualizo os Crepes ou jogo Sollitaire, ou conto os pixeis da foto que vai abaixo...



(Eu e a Sofia durante a aula do Nafilyan. Olha quem é que está atento à aula e quem é que não está...)