vendredi, juillet 15

Crepes de Paris

Mas afinal, tanta coisa com os crepes de Paris, e depois nada.
Ou seja, escreve escreve, escreve escreve, posta posta, mas depois de crepes só mesmo o título.

Consciente dessa lacuna imperdoável, venho por este meio fazer juz ao nome do blog.

É que o "Crepes de Paris" foi mesmo escolhido (entre outras razões, nomeadamente editoriais e gramaticais) porque são uma das melhores coisas de Paris. Mas afinal vamos ao que interessa: Onde, como e porquê.

Onde?

Ora bem, quanto ao "Onde" só tenho 2 palavras para voçês: Paris Orleans.

São às dezenas os crepes que já lá marcharam. E às horas o tempo de espera total que já lá passei à espera dos ditos cujos. Aliás, este é em geral um bom critério – se há bicha de espera, é porque os crepes são feitos na hora, e portanto é porque em princípio devem ser bons. Porque serem feitos no momento é das coisas mais importantes (e não basta perguntar se fazem na hora; é preciso inspeccionar por trás do balcão e ver se não está lá um molhe de crepes já feitos empilhados em torre e cobertos por papel de alumínio). No Paris Orleans há quase sempre bicha de espera (sim, insisto na bicha... filas é nas salas de cinema) e as bichas só potenciam a experiência gastronómica. É que enquanto os crepes da frente vão saindo, a massa vai sendo espalhada e o cheiro começa a circular, o sistema salivar começa logo a bombar, e quando o Sucré Beurre chega...
Claro que o Paris Orleans era acima de tudo muito prático pois era mesmo a caminho da residência, das aulas, e de qualquer outro destino.

Mas também há outros sítios: ali por trás da Fontaine de St Michel; na rua de Oberkampf, em frente ao Charbon; em frente ao Pompidou, na esquina; em Montparnasse, ao pé dos cinemas... E, claro, há sempre as creperies, com as suas fórmulas 1 crepe salgado + 1 crepe doce. São mais caras e não é bem a mesma coisa – mas também sabe bem de vez em quando comer um crepe sentado. Para isso destaco as creperies ali na zona de St. Michel (rive gauche sempre!) e qualquer outro sítio simpático que se possa encontrar – em Paris são às centenas, portanto n é muito difícil.

Como?

Sim. Como muitos.

Nada bate um Confiture de fraise. Pricipalmente se for com doce Bonne Maman. Sabe bem a qualquer hora, com frio ou calor, com muita ou pouca fome... enfim, um dos pequenos prazeres da vida.

Mas de resto também há o mais simples Sucré (pedir sempre com beurre), ou o com chocolate derretido.

Nos salgados (também por vezes enganadoramente chamados de galettes), nada como um Complet, com queijo, fiambre, cogumelos e ovo. No entanto, convém pedir para não por muito queijo porque se os deixarmos fazer à vontade, vem com queijo suficiente para alimentar uma pequena colónia de ratos durante um mês, e não se consegue saborear mais nada.


Porquê?

Porque são bons.





A meca dos crepes. Linha 4 – Porte d
'Orléans.