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É por demais conhecido o fenómeno dos Turistas Japoneses.
Apesar de muitos os considerarem uma praga, acho que essa reputação é injusta. São uns grupos educados, não cospem no chão como os chineses nem falam aos berros como os espanhóis. Contribuem efectivamente para as economias locais e parecem pessoas realmente interessadas na história e nas tradições dos sítios que visitam.
Andam por essa Europa fora em bandos organizados, com um líder que todos seguem piamente. São meticulosos nas provas que recolhem e andam sempre identificados.
E parecem cada vez mais grupos de agentes secretos - forças especiais geriátricas capazes de quebrar o enigma mais difícil (e umas bacias e uns coccyx pelo caminho). Então não é que cada um deles usa agora um auricular sem fios.
Passeava na Grand Place e intrigou-me o fenómeno de um grupo de 40 Japs a deambular pela área, todos com os seus respectivos. Ou estava tudo cheio saudades de casa e não largavam o bluetooth, ou tinham todos 80% de surdez e eram patrocinados por uma marca qq. Com um pouco mais de observação, lá percebi o que se estava a passar - é que agora, pelos vistos, o guia do grupo [a senhora ao centro com a mala grená] falam para um pequeno microfone-transmissor cujo sinal chega depois aos auriculares de todas as pessoas do grupo. Assim acabam-se as marcações homem-a-homem ao guia para ter a certeza de que ouvem as explicações. Cada um segue o seu ritmo e olha para o que quer, sem perder nada da detalhada explicação do guia turístico.
Onde isto já vai!
« E aqui foi onde o Manequim começou a fazer Pis para cima das pessoas!»
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