mercredi, avril 6

Super-Pombas

As Pombas de Paris dão uso à sua reputação de ratos com asas. O que por um lado em compreendo – já que têm a reputação, porque não terem o proveito?

Como qualquer raça animal onde os machos se deixaram ultrapassar pelas fêmeas (e onde, por isso, é necessário acrescentar "-Macho" para identificar um espécimen masculino da raça), as pombas acumulam vícios e manias que só nos levam a pôr em causa a sua utilidade para a sociedade (para confirmar a regra é só pensar nas doninhas, as araras, as hienas, as lampreias, e por aí fora, acabando nas mu-
las).

A Pomba parisiense é gorda que nem um barril e não tem, pelos vistos, qualquer preocupação com a sua aparência. Cá para mim, cada uma deve pesar pelo menos 3 quilos, o que faz com que sejam tão ágeis como o Pedro Barbosa em ano em que o seu contrato não acaba. Não se desviam nem por nada e acham que têm prioridade nos passeios sobre os peões. As atrevidas.

Fazem questão de se aliviarem onde quer que seja, sem qualquer consideração com aquilo que possa estar por baixo, e comem tudo o que lhes aparece à frente – migalhas, erva, pastilhas elásticas usadas, beatas de cigarro e bocas de incêndio.

Mas acima de tudo o que espanta é a sua Omnipresença, que se estende a tudo o que é espaço interior. É vê-las nos centros comerciais (ainda se fossem aos ginásios!), nas estações de metro (descobri onde o Ang Lee arranjou a inspiração) e nas cantinas (o que poderá ser a justificação para a comida dos Restôs ser a bela trampa que é, pois se elas aparecem ao pé das mesas, também devem ter acesso às cozinhas, e às tantas colaboram na confecção dos pratos : s.

Enfim, uma espécie a abater. Quando eu arranjar uns patins em linha, logo lhes digo...



Uma rara imagem de uma pomba a fazer exercício. Flexões, neste caso. Dentro do Forum les Halles. 1...2...3...4...